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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dicas para fazer uma boa redação


SIMPLICIDADE
Use palavras conhecidas e adequadas. Para ter um bom domínio do texto, prefira frases curtas. Cuidado para não mudar de assunto de repente. Conduza o leitor de maneira leve pela linha de argumentação.
CLAREZA
O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que você quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da sua escrita. Lembre-se: você está comunicando a sua opinião, falando de suas ideias, narrando um fato. O mais importante é fazer-se entender.
OBJETIVIDADE
Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras possíveis. Por isso, não repita ideias, não use palavras em excesso buscando aumentar o número de linhas. Concentre-se no que é realmente necessário para o texto.
UNIDADE
Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você deve traçar uma linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder de vista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o desnecessário é um dos caminhos para não se perder.
COERÊNCIA
A coerência entre todas as partes do texto é fator primordial para a boa escrita. É necessário que as partes formem um todo. Estabeleça uma ordem para que as ideias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as consequências.
ORDEM
Obedecer a uma ordem cronológica é uma maneira de acertar sempre, apesar de não ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação.
ÊNFASE
Procure chamar a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias de significado, principalmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos importantes. Uma boa conclusão é essencial para mostrar a importância do assunto escolhido. Remeter o leitor à ideia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.
LEIA E RELEIA
Lembre-se, é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se você não repetiu palavras e ideias. À medida que você relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito. Refaça, se for preciso.

Redação de Sucesso 
Os Dez Mandamentos
1) Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto (conciso) na construção das sentenças.
2) Use a voz ativa, evite a passiva. Evite termos estrangeiros e jargões. 
3) Evite o uso excessivo de advérbios. Tome cuidado com a gramática.
4) Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçam uma conversa. O uso do gerúndio empobrece o texto. Exemplo: Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro...
5) Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos. Prefira frases curtas. Exemplo: O fato de que o homem que seja inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo. Adjetivos que não informam também são dispensáveis. Por exemplo: luxuosa mansão (Toda mansão é luxuosa!).
6) Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de ouro", “silêncio mortal", "calorosos aplausos".
7) Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever: "Fazem alguns anos que não viajo". O certo é “Faz alguns anos que não viajo”. 
8) Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás". Corte o "há" ou dispense o "atrás". A forma correta é “Há cinco anos...”
9) A leitura intensiva facilita o uso da vírgula corretamente. Leia muito, leia sempre!
10) Nas citações: use aspas, coloque vírgula e um verbo seguido do nome de quem disse ou escreveu o que está sendo citado. Exemplo: “O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem prazer.”, disse Samuel Johnson.

Critérios avaliativos na redação do Enem

Cada redação do Enem é corrigida por dois corretores, de forma independente, sem que um conheça a pontuação dada pelo outro. Caso haja discrepância de cinco pontos no total dos pontos atribuídos às competências (para cada competência são atribuídos pontos que variam de 2,5 a 10) ou caso a redação seja simultaneamente “pontuada” e “desconsiderada” pelos dois corretores, o texto é submetido, então, a um terceiro corretor. Nesse caso, a pontuação do terceiro é soberana em relação às atribuídas pelos outros dois. Quando a discrepância das notas entre os dois corretores é inferior a cinco pontos, é atribuída à redação a média das duas notas.

O que vale nota
1. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita;
2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo argumentativo;
3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, demonstrando respeito aos direitos humanos.

Será desconsiderada a redação que:
Não atender à proposta solicitada (fuga ao tema)
Não se caracterizar como dissertação
Textos assinados pelo participante
Folha em branco ou com menos de sete linhas escritas
Redação com impropérios, desenhos ou outras formas propositais de anulação

Como será calculada a nota da redação?
✔ Cada competência é avaliada como insuficiente, regular, bom e excelente, convertidos, respectivamente, em níveis 1, 2, 3 e 4. Esses níveis são representados por pontos, respectivamente, 2,5, 5,0, 7,5 e 10. A nota global da redação é dada pela média aritmética simples das notas atribuídas a cada uma das cinco competências específicas da redação.A redação será desconsiderada se você fugir ao tema ou à estrutura definidos previamente. Também será desconsiderada se você identificar a redação com a sua assinatura.


Para se dar bem na redação do Enem algumas dicas são importantes. O exame exige um texto dissertativo, ou seja, que apresente uma análise, uma opinião ou posicionamento sobre determinado assunto. Fugir disso pode comprometer o resultado da avaliação. Outra observação relevante é escrever em terceira pessoa, tornando o texto impessoal.
Aplicada no segundo dia de provas, a redação não deve ultrapassar 30 linhas. De acordo com a professora de redação Luísa Canella, do Unificado, o ideal é que o texto seja organizado em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. A estrutura deve respeitar uma introdução com média de cinco linhas em um parágrafo. O desenvolvimento deve ter, em média, 20 linhas em dois ou três parágrafos, e a conclusão, cinco linhas em um parágrafo.
Uma dica é fazer um planejamento antes de começar a deslizar a caneta na folha em branco. Depois de compreender bem o enunciado que apresenta o tema da redação, organize as ideias que pretende utilizar em cada parágrafo. Isso pode significar o ganho de preciosos minutos.
Na introdução, deve ser apresentado o tema e direcionado o foco da argumentação. No desenvolvimento, serão esmiuçados os argumentos citados anteriormente, discutindo-os e analisando-os de forma clara. À conclusão, como o nome diz, cabe fechar o pensamento, chegando a um julgamento do que foi apresentado no desenvolvimento.
O tema, segundo o Ministério da Educação, será de ordem social, científica, cultural ou política. Nos anos anteriores, foram temas de redações do Enem a Floresta Amazônica, o poder transformador da leitura, o desafio de conviver com a diferença e o trabalho infantil.
O que observar ao escrever um texto:
- Use letra legível e de tamanho regular
- Todos os tipos de letra são aceitos, mas deve haver diferenciação entre maiúsculas e minúsculas (letra de forma)
- Cada parágrafo deve ter, no mínimo, duas frases
- Cabe ao estudante usar ou não as novas regras do português na hora de escrever. Por exemplo, escrever ideia ou idéia será aceito
- As margens precisam estar alinhadas
- Pode haver rasura, desde que não comprometa a legibilidade

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fábulas dos Alunos

O Pássaro e o Leão             (Alberi Fraga Júnior - 2A Ensino Médio)

Era uma vez um Pássaro que adorava cantar e tocar seu violão. Seu sonho era ser famoso, cantar e tocar para toda a floresta. Ele passava noites em claro compondo suas músicas, mas o Leão, o rei da floresta, não gostava de música. Então, um dia, o Leão chegou para o Pássaro e disse:
__ Dê-me aqui este violão, ordeno que não toque nem cante mais.
O Pássaro ficou muito triste e então pensou: "Como a música é minha vida, vou desafiar o Leão". Dito e feito, eles começaram a brigar, mas como o Pássaro era pequeno e ágil, o Leão não conseguia feri-lo.
Dessa forma, o Pássaro venceu a luta e sua vitória tornou-o conhecido por toda a floresta. Desde este dia, ele pôde cantar suas músicas para todos os bichos que gostavam das canções. Assim ele realizou seu grande sonho.

Moral da história: Nunca desista de seus sonhos, lute por eles, assim poderá realizá-los.


A centopeia e o Bem-te-vi          (Rodrigo Ortiz - 2A Ensino Médio)

Certo dia, ao carregar seu alimento, uma Centopeia torceu uma de suas patas e não encontrava ninguém para lhe ajudar. Eis que surge, então, um Bem-te-vi que, ao avistá-la, hesitou para lhe prestar socorro, acreditando ser perda de tempo. No entanto, a Centopeia resolveu suplicar ao pássaro:
__ Ajude-me, por favor, pois assim machucada, não conseguirei levar esta comida até minha casa.
As palavras comoveram o Bem-te-vi, que decidiu então ajudá-la. Assim, pôs a Centopeia em suas suas costas e tomou ao bico seu alimento, levando-a até sua toca. Em retribuição, ela resolveu dividir sua comida com o pássaro, que grato e feliz aceitou.

Moral da história: Quem faz de suas atitudes, gestos nobres e solidários, recompensas terá.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O poder da validação

                Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.
Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranquilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderia dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja.

Stephen Kanitz - Artigo publicado na Revista Veja

Arneldo Matter - Desfile cívico